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Capivari e sua verdadeira história XXIX

17/11/2017

Capivari e sua verdadeira história XXIX

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

As vicissitudes do Ensino Público

O ensino público foi sempre na monarquia, simplesmente deplorável, havendo, como bem escreveu Antonio Piza, “mais vontade do povo em aprender, que do Governo em ensinar”.

Nada mais difícil do que obter, qualquer Vila ou Freguesia, a sua escola de primeiras letras, com o respectivo professor. Como os grandes proprietários, fazendeiros e negociantes endinheirados costumavam contratar professores particulares de gramática, latim, francês, música e aritmética, para seus filhos, não tinham eles o menor interesse na instalação de escolas para as crianças da plebe, que ficavam deste modo, na dependência dos favores de conhecidos ou das aulas que o grande deus Acaso se resolvesse a franquear para elas.

Vimos que em 1832 a Vila dispunha de um professor de emergência, alfaiate de profissão, e o qual, a uma espórtula insignificante, que a maioria não podia apesar disso, pagar, lecionava alguns meninos de famílias remediadas.

Em 1837 o professor José Custódio de Assumpção (casou-se em Capivari com a filha de João Dias de Aguiar, Dona Maria Dias de Aguiar, dando origem à família Assumpção), que exercia na Vila as funções de mestre-régio, (foi nomeado e tomou posse na cadeira em 15 de novembro de 1834, tendo lecionado até março de 1837) abandonou a cadeira, indo abrir no município o sitio “Palmeiras”.

Cabia à Câmara promover o preenchimento da vaga, solicitando a nomeação de candidato competente ao Presidente da Província e o único pretendente que se apresentou foi Antonio Benedito Ribeiro, que por esse tempo também exercia as funções de Agente das Rendas Nacionais, como vimos, além de outros encargos de escrivania e secretariado. Em tais condições, dizia ele ser impossível ausentar-se da Vila, pelo que a Câmara deveria conseguir do Presidente que os exames de suficiência fossem feitos em Capivari. (A Primeira Escola Normal do país foi fundada em Niterói, em 1835. A Constituição do Império, de 1823, consagrara em seu art.179, o princípio de instrução primária gratuita a todos os cidadãos. Todavia isso ficou no papel por muitos anos. A lei de 15 de outubro de 1827, de Januário Barbosa, também criou “Escolas de Primeiras Letras, em todas as cidades, vilas e lugarejos, e escolas de meninos e meninas nas cidades e vilas mais populosas”. Em 1834, pelo Ato Adicional, foi transferida às Províncias a Faculdade de legislar sobre instrução pública.)

Oficiou a Câmara propondo ao Presidente fosse ele examinado em Capivari por professores de Itu ou Piracicaba, sob a fiscalização dela, Câmara, o que foi atendido por S.Excia., sendo o coletor aprovado e nomeado em princípios de 1838. Em 19 de fevereiro o professor comunica à Câmara que havia iniciado suas aulas na Igreja, funcionando a escola diariamente, com exceção dos sábados, para facilitar aos alunos residentes nos sítios e que eram em número apreciável. Aliás, desde os tempos do professor Custódio as aulas eram ministradas na Igreja, sendo o início delas anunciado pelo repique dos sinos da capelinha.

O pátio tinha algumas árvores, sendo uma delas ao lado da Igreja, com o sino pendente de um dos seus galhos e para evitar que malandros repicassem o sino nas “horas de silêncio” ou mesmo durante o dia, a corda era muito curta, sendo necessário colocar–se uma escada ao pé da árvore para alcançá-la. (Segue.)

Cidadania

As ruas continuam sujas e esburacadas, como exemplo as crateras existentes na curva da saída para Capivari, em frente a uma birosca. Também a CPFL deve ser alertada quanto as lâmpadas apagadas ou “acende e apaga” como a existente na Rua Conselheiro Gavião Peixoto em frente ao número 194. Vamos continuar colaborando para que, em benefício da cidade os seus moradores disciplinadamente colaborem. Não é favor, é dever de cada um.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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